Ninguém emagrece efetivamente sem reorganizar a vida e preparar-se para este evento. Emagrecer e ficar magro é uma condição que exige competência para lidar com a força imposta pela nova imagem corporal adquirida através do tratamento.
Martins – 1994

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Comida como sintoma


Para entender melhor sobre a comida como sintoma...
"Os regimes não funcionam porque a comida e o peso são sintomas, não são os problemas. Concentrar-se no peso é um modo conveniente e culturalmente reforçado de desviar a atenção das razões pelas quais tantas pessoas usam o alimento quando não estão com fome. Essas razões são mais complexas do que - e não serão resolvidas com - a força de vontade, a contagem de calorias e os exercícios. Elas tem a ver com negligência, falta de confiança, falta de amor, abuso sexual, abuso físico, raiva não expressa, amargura, ser objeto de discriminação, proteção contra novas mágoas. As pessoas se maltratam porque foram maltratadas.[...] Porque nossos padrões de alimentação foram formados pelos primeiros padrões de amor, é necessário compreender e trabalhar tanto com a comida quanto com o amor para nos sentirmos satisfeitos em nossa relação com ambos." (Geneen Roth, Carência afetiva e alimentação)

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

O peso do segredo


Criança guarda segredo como ninguém...
Não, porque não quer falar, mas sobretudo porque imagina que não pode,
por uma simples e dura razão... culpa!
Cabe ao adulto observar a criança e ajudá-la em sua expressão.
Caso contrário, corre-se o risco de amplificar os efeitos de seus segredos sobre a vida adulta.
A criança quando guarda segredo por culpa, expressa no comportamento, o peso da solidão.
E, por vezes, esse peso se projeta em seu corpo como forma de proteção.
A proteção é tarefa do adulto e a criança espera por isso...

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

História de Sucesso Real - Mariana Machado

Com muito carinho, apresento Mariana Machado 
com sua História de Sucesso Real

Como nunca fui magra, vivia fazendo regime e dietas mirabolantes, conseguia emagrecer, mas pouco tempo depois estava gordinha, o verdadeiro efeito sanfona... Até que uma amiga me contou do Sistema EmagreSer Integral e como eu já tinha uma pequena noção de que precisamos primeiro cuidar da cabeça para depois cuidar do corpo resolvi buscar ajuda com a Laura... não foi fácil essa coisa de psicólogo...Mas eu precisava muito me ajudar, a voltar a gostar de mim. Fui a primeira sessão, achando que seria super fácil, que conversaríamos um pouco e que a Laura me passaria uma dieta. Total engano!
Até que uma amiga me contou do Sistema EmagreSer Integral e como eu já tinha uma pequena noção de que precisamos primeiro cuidar da cabeça para depois cuidar do corpo resolvi buscar ajuda com a Laura... não foi fácil essa coisa de psicólogo...Mas eu precisava muito me ajudar, a voltar a gostar de mim. Fui a primeira sessão, achando que seria super fácil, que conversaríamos um pouco e que a Laura me passaria uma dieta. Total engano! Foi uma sessão bem difícil, muito dolorosa sentimentalmente, havia dentro de mim uma dependência emocional que me fazia muito mal...
Mas ainda um pouco desacreditada, achei que na segunda sessão ela me passaria uma dieta. Não funcionava ainda na minha cabeça, a ideia de ficar magra somente contando os meus problemas...rsrsrs. Engano de novo!! Sessão difícil, dolorosa sentimentalmente, mas ao final com um sensação de alívio e tranquilidade...E assim foram algumas outras sessões, muito difíceis, porém ao final, a sensação de bem estar, autoconhecimento e tranquilidade só aumentavam e os quilinhos extras só diminuíam...

A esta altura já não era mais estranho, para mim, o fato de não ter uma dieta a seguir, já tinha toda a noção de que a cabeça manda no nosso corpo...As sessões foram ficando mais fáceis, a minha vida ficou bem equilibrada e os quilinhos extras cada vez menores, o que me deixava muito empolgada! Já sentia-me tão bem, que as vezes, antes da sessão, pensava:
"-O que vou falar para a Laura hoje? Estou tão bem...", mas sempre era surpreendida, sempre temos algo para contar, falar...Até que após muitas sessões, mais ou menos, sete meses, percebemos que,o que nos propomos realizar, tinha sido concluído com muito êxito e que eu já estava super preparada para seguir o meu rumo. Fiquei muitooooo feliz, afinal, já me sentia muito bem mesmo, porém decidi que não queria cessar as consultas, não por medo, mas por ter a certeza de que quero e devo continuar a fazer algo por mim e algo este, que a cada dia me torna uma pessoa melhor!

Hoje considero-me uma mulher mais forte, no sentido de saber o que devo e o que quero fazer. A tal da dependência emocional, ficou para trás, não sei nem mais o que é isso. Aprendi que devemos andar lado a lado com as pessoas que amamos e não dentro da vida delas. Isso me tornou uma pessoa menos ansiosa e cada vez eu espero e exijo menos das pessoas que me cercam para que não haja decepção. Enfim, estou muito segura por estar bem mais magra e muito feliz comigo por poder acreditar que estou fazendo um bem enorme a mim e as pessoas que me cercam!!!"

Mariana Pinheiros


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quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Dietas na História - ideias repetidas e de baixa eficácia . Afinal, qual a saída?

A visão de repetição dos métodos para emagrecer ao longo da História, confirmam a perspectiva de que, mais importante do que o método para emagrecer o corpo, é o método para preparar-se para essa transformação - Conhecimento de Si. Caso contrário, o resultado, quando alcançado, corre o risco de não sustentar-se e com isso, repetir-se, também, o conhecido efeito sanfona. É preciso cuidar do dono do corpo para que seja possível o dono cuidar de seu corpo! (Laura Cavalcanti)


História de métodos para emagrecer é cheia de ideias repetidas e de baixa eficácia

Não é muito animadora a mensagem do livro "A Tirania das Dietas", da britânica Louise Foxcroft, historiadora da medicina com doutorado pela Universidade de Cambridge. Em resumo: faz séculos que as dietas são sempre as mesmas --e faz séculos que não funcionam.
"É uma história de repetição e, em parte, de novidades cosméticas. As mesmas ideias são reempacotadas e requentadas", disse Foxcroft em entrevista por telefone à Folha. "Um exemplo são as dietas ricas em proteína e com poucos carboidratos."
Nessa seara, o atual astro é o médico francês Pierre Dukan, que diz ter criado seu método ao recomendar a um paciente que comesse tanta carne magra quanto desejasse e bebesse bastante água.


Antes de Dukan, no entanto, houve a "dieta revolucionária" do médico americano Robert Atkins (1930-2003), cujo livro de 1972 virou best-seller. E, mais de um século antes, o britânico William Banting (1797-1878), agente funerário (sim, não é piada), publicou sua versão desse tipo de dieta em "Carta sobre a Corpulência, Dirigida ao Público", em 1863.
"Esse tipo de dieta evoluiu independentemente várias vezes porque funciona no curto prazo", diz Foxcroft. "O problema é evitar que a perda seja revertida."
Outras supostas ideias brilhantes que parecem ter acometido o cérebro dos desesperados para perder peso ao longo dos séculos: a indução do vômito; o uso de laxantes para, digamos, "descomer" o alimento o mais rápido possível; e o uso de massagens violentas e espartilhos que "espremessem a gordura" para fora do sujeito.
A pesquisa de Foxcroft mostra ainda que a associação entre o desejo de emagrecer e a cultura das celebridades tampouco é tão moderna quanto se costuma pensar.
Os primeiros astros obcecados com a magreza são, ao que tudo indica, do século 19: o poeta britânico Lorde Byron (1788-1824), para quem "uma mulher nunca devia ser vista comendo ou bebendo, a menos que se tratasse de lagosta, salada e champanhe"; e Sissi, imperatriz da Áustria (1837-1898). Com 1,70 m e 47 kg, cintura esmigalhada por espartilhos, alimentava-se basicamente de leite (viajava com sua própria vaca) e suco de laranja, além de fazer ginástica o tempo todo.

GORDOS DO MAL
Outra constante histórica, diz a pesquisadora, é o hábito de desprezar as pessoas acima do peso. "Essa conexão entre moralidade, dieta e peso vem desde os antigos gregos e romanos, para os quais alguém fora de forma era um mau cidadão", conta.
"Em tempos de guerra e de escassez, é algo que acaba voltando. O inimigo é pintado como um glutão, preguiçoso e indulgente."
A trajetória dos medicamentos para emagrecer também não anima. "Até hoje, nenhum demonstrou um perfil de segurança favorável em relação a efeitos colaterais, e seu sucesso é no máximo modesto", critica.
Para ela, a abordagem mais sensata é a dos gregos, criadores do termo "dieta", encarada por eles como um controle gradual da alimentação, ligado a um programa de exercícios e mudança de estilo de vida. "É difícil, porque nosso ambiente alimentar está cada vez mais contra nós, mas é o único caminho sensato", prega Foxcroft.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Linguagem corporal


Linguagem corporal
“Mais importante do que buscar um corpo ideal,
muitas vezes irreal, seria buscar um corpo que 
seja possível de manter, pois esse será real”

À medida que o verão se aproxima, o assunto é sempre o mesmo, emagrecer. A cada segundo surgem novos sucos, dietas e tratamentos prometendo o próximo milagre. Na minha adolescência de bailarina clássica, em busca de um peso ideal, naveguei por todas as linhas de alimentação: fui vegetariana, macrobiótica e natureba. Ainda que me mantivesse em forma, a luta contra a balança era diária, numa  carreira em que o corpo, além de expressar emoção, necessitava da performance e disciplina de uma atleta de elite. Coincidência ou não, o destino me levou à nutrição, e minha vivência precoce num mundo onde imagem e linguagem corporais eram tudo me fez reconhecer a cena atual, em que adolescentes só se sentem inscritos no seu tempo ao mostrar sua barriga perfeita nas mídias sociais.

Com o crescimento ambíguo da obesidade, da obsessão por um corpo perfeito e da indústria do emagrecimento, vejo pessoas cada vez mais confusas, seguindo dietas da moda em que tentam esquecer seus prazeres com a promessa de resultados miraculosos. No primeiro deslize, voltam aos velhos hábitos com toda voracidade que um desejo reprimido pode gerar. Alguns cortam o glúten e a lactose, mesmo que não sejam intolerantes, outros cortam o carboidrato ainda que ávidos da sua energia e do seu prazer. E assim seguem sem mudanças reais, mas em tentativas frustradas que perpetuam o comportamento contemporâneo do “tudo” ou “nada”.

O alimento tem um profundo sentido nas nossas vidas, presente em quase todas as alegrias e tristezas. Pode ser a cura, se soubermos utilizá-lo a nosso favor, ou um vício, se usado como muleta de nossas angústias existenciais, vício do qual não podemos nos abster, mas precisamos aprender a lidar.

Fui criada numa família na qual a refeição era um momento mágico. Cheiros e histórias ainda me trazem memórias preciosas, e isso fez com que eu adorasse até hoje tudo que envolve comida. Por acreditar no prazer que ela proporciona, na sua grande importância para o bem-estar, e ao mesmo tempo reconhecer as dificuldades do emagrecimento, valorizo cada vez mais o processo de reeducação alimentar. Aprender — ou melhor, reaprender a comer — significa reconhecer nossas fraquezas e negociar com elas, equilibrando o desejo e a privação. Felizmente ou infelizmente, o emagrecimento assim como qualquer mudança de estilo de vida não é objeto que podemos comprar na farmácia, e nem respostas imediatas numa tela, mas um processo interno a ser conquistado. É claro que as coisas não acontecem num passe de mágica, e precisam de comprometimento pessoal, mas nos tornam menos vulneráveis a promessas milagrosas.

Por outro lado, mais importante do que buscar um corpo ideal, na maioria das vezes irreal, seria buscar um corpo que seja possível de manter, pois esse será real. Aprender a comer e criar o hábito do exercício são essenciais, não precisam vir acompanhados de sofrimento e melhoram substancialmente a vida dos nossos dias. Mas a chave da história é aprender tudo isso para depois se desligar desse assunto e viver mais intensamente os significados humanos que nossa existência pode trazer. l
Bia Rique


Para que seja possível, a conquista do corpo real, aqui está a contribuição do EmagreSer Integral