Imagem corporal X esquema corporal
A diferença que faz toda diferença!
Viver é corporificar a vida em sua ampla diversidade. Vivemos alegria, tristeza, preguiça, trabalho, amor, decepção, compulsão, dor, doença, conquista, palavra, escrita, solidão, dúvida, sonho... E por aí vai uma longa lista de experimentos, alguns prazerosos e outros nem tanto.
Tudo é vivido através do corpo, seja ele mais denso ou mais sutil. Apesar de o fenômeno ser universal, a via pelo qual experimentamos a vida através dele é que faz a diferença. A densidade do corpo, enquanto fisiológica, determina o esquema corporal, representação concreta daquilo que somos. Entre outros elementos, aqui se encontram as estruturas óssea, muscular e líquida do corpo, grandes influenciadores da medida na balança. Sua característica estrutural, apesar da flexibilidade que possui, permite uma oscilação lenta e vagarosa, ou seja, o corpo enquanto esquema concreto demanda tempo para modificar-se.
Diferentemente, a imagem corporal flutua livremente ao sabor dos humores como representação emocional em relação à vida e ao viver. A cada momento a imagem do si mesmo silencia e anuncia sua dimensão sensorial, demarcando momentos positivos e negativos da experiência vital. Quem já não viveu aquele momento crucial entre duas olhadas no espelho em frações de minutos, onde a primeira determina o sucesso e a segunda, o fracasso? Por que acordamos um dia deslumbrante e no dia seguinte esse deslumbramento cede lugar à famosa sensação de inadequação? O que acontece no curto espaço de tempo onde distorcemos nossa autopercepção? A imagem é uma criação e, como tal, alimenta-se de sentimento, gerenciada pela diversidade de humores que, de forma distorcida, responde prontamente a cada interferência intra e interpessoal. Lembrar que a oscilação neste caso ocorre numa velocidade diferenciada, transformando a imagem a cada situação impactante na vida.
Enfim, esquema corporal define nosso corpo real – Como Sou. Imagem Corporal define nosso corpo imaginário – Como me vejo e me sinto. Uma diferença que faz toda diferença! Sendo assim, vale ressaltar a importância dos cuidados direcionados às duas dimensões – real e imaginária; a fim de promover o equilíbrio entre o que somos e o que sentimos, integrando a diversidade de expressão do corpo na vida.
Laura Cavalcanti - Psicóloga
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