Como
ter as rédeas nas mãos?
Sempre escuto uma lamentação sobre a falta de
controle. Em geral, nos cobramos uma postura controlada diante da vida e, no
caso do equilíbrio corporal, nos cobramos principalmente, controle diante da
comida. A palavra “controle” é usada com tanta facilidade que me faz refletir
sobre o peso do seu efeito. Pense comigo... Quando você busca o exercício do
controle, em geral, o que sente e como isso se reflete em sua vida? Ah... você
deve estar pensando “Isso é minha obrigação! Devo me controlar se quero ter uma
vida equilibrada!”
Será? Ouso questionar! Continue pensando comigo...
Quando você tenta controlar a comida o que normalmente acontece? Hum... Quase
escuto dizer “Uma verdadeira batalha!”. É isso mesmo! Uma batalha onde uma das
partes será o vencedor, sendo que você é uma delas e a outra é a comida. Neste
caso, para não sucumbir é preciso destruir e para tal, é preciso consumir.
Desta forma, tentar controlar a comida é quase delegar a ela o poder de decisão.
Um caminhar a passo lento em direção à mesa com o pensamento conflituoso entre
permissão e restrição. Cada passo alimenta a ansiedade que, rendida chega ao
seu destino, se entregando ao desencanto devorador e ao consumo desenfreado de
tudo que a vida expõe em forma de comida.
Controle está ligado diretamente à restrição.
Restringir é determinar o limite sob perspectiva externa, ou seja, ter um
comportamento dito “politicamente correto” a fim de merecer um “lugar ao sol”!
Imagino que você esteja pensando... “Se não controlo,
me descontrolo!”. Essa, talvez, seja a melhor forma de recomeçar. Considerando
que o controle gera a ansiedade que devora, que tal imaginar como seria sua
vida sem pressão da restrição? Parece assustador, porém, cada vez mais confirmo
na prática clínica que abrir mão do controle e desobrigar-se da tarefa de
garantir o futuro perfeito, criamos condição para conquistar algo que de fato,
possibilita a construção do equilíbrio.
Abrindo mão do controle iniciamos uma jornada eficaz de
experimentação das escolhas pessoais e aprendemos a escutar sensivelmente a
nossa real vontade que detém conhecimento do nosso real equilíbrio. Essa é a transição
do controle para o domínio, quando tomamos as rédeas em nossas mãos. Permita-se
escolher. Aprenda a dominar suas escolhas e desenvolva sua responsabilidade
sobre elas. Assim você descobre o que é melhor para si mesmo, usufruindo do
equilíbrio real e possível!
Ei Laura.. entendo perfeitamente o que quer dizer... mas sempre quando penso sobre isso, principalmente nos ultimos meses em que estou a todo o vapor com a RA, me pergunto... minha mente esperta nao pode passar a perna e ao se achar meio livre, sabotar tudo o que fiz ate agora? eu que faco a dieta dos pontos, como posso continuar eliminando peso sem o controle? entende? o emagrecimento é matemático, logo, como soltar as rédeas dos números? ai ai!
ResponderExcluirLô, não é uma questão de soltar as rédeas... é uma questão de aprender a segurar as rédeas sem que elas estejam rígidas e sem movimento.
ResponderExcluirControle é tensionante, ao contrário do domínio que nos permite flexibilizar escolhas de forma responsável.
Sob controle a comida te gente.
No domínio, você escolhe a comida e isso faz toda diferença.
Abraços carinhosos
Laura, não posso ouvir falar em controle sem lembrar-me de minha mãe e do quão forte ela apertava minha mão e dizia entre os dentes "controle-se, Eliane" (credo) sempre que eu ousasse ser mais espontânea em qualquer área que fosse: na comida, nas alegrias, nos relacionamentos e etc. e ai de mim se não me "controlasse" UI!.....
ResponderExcluirContinuando....hoje quando vejo que existe outra opção, no caso o domínio, fico feliz de poder fazer minhas próprias escolhas e não ter de passar pela vida cerrando os dentes para me controlar. Caramba!
ResponderExcluirIsso mesmo, Eliane... você não precisa cerrar os dentes para se controlar.
ResponderExcluirO domínio, ao contrário do controle, flui naturalmente porque parte de dentro de nós.
Abraços carinhosos
Veio em boa hora! Um belo dia Laura!
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