Ninguém emagrece efetivamente sem reorganizar a vida e preparar-se para este evento. Emagrecer e ficar magro é uma condição que exige competência para lidar com a força imposta pela nova imagem corporal adquirida através do tratamento.
Martins – 1994

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Bate papo com Brené Brown - Parte 2

Sobre a Vida Plena




Para enfrentar o processo de emagrecimento, é adequado considerar nossa humanidade ancorada na imperfeição. Tendemos a nos cobrar de forma rígida e, cada vez que alimentamos esse núcleo de cobrança, causamos um efeito natural de camuflar nossas sombras. O problema disso é que não há como eliminar a sombra sem eliminar a luz... Nos tornamos autômatos, buscando formatar uma vida de aparência, afastando de nossa experiência a autenticidade que garante uma vida plena.


sexta-feira, 27 de junho de 2014

Bate papo com Brené Brown - Parte 1

Li duas vezes, o livro de Brené Brown, "A arte da imperfeição" e terminei de ler, também, seu outro livro, "A coragem de ser imperfeito". São sensacionais e os recomendo!
Porém, independente da recomendação, me proponho a compartilhar trechos do 1º livro, para fomentar uma reflexão acerca de conceitos naturalmente abafados, pela tendência que temos de nos afastarmos do enfrentamento.

Quanto ao desafio do enfrentando, vale lembrar que, é difícil olhar de frente os impedimentos da vida, pois quando nos propomos à essa tarefa, estamos nos comprometendo com duas questões que demandam coragem. A primeira delas, diz respeito ao abandono da culpabilização do outro e a segunda, como efeito, a apropriação da auto responsabilidade. Isso é suficiente para nos mantermos afastados do enfrentamento. Porém, vale ressaltar que essa dinâmica de resistência, garante a manutenção do estado de refém, pois continuamos dependentes emocionalmente de um Outro que, em geral, não possui o poder de nos libertar.



Sendo assim, convido você à nossa primeira reflexão no bate papo com Brené Brown, formada em Serviço Social, pesquisadora e escritora.




Diz ela:

"Durante o processo de reunir milhares de depoimentos de diversos homens e mulheres de todo o país, com idade entre 18 e 87 anos, enxerguei padrões sobre os quais quis saber mais. Sim, todos nós lutamos contra a vergonha e o medo de não sermos suficientes. E, sim, muitos de nós temos medo de deixar o verdadeiro eu ser visto e conhecido. Mas nesse grande amontoado de informação também havia histórias e mais histórias de homens e mulheres com vidas surpreendentes e inspiradoras. Vidas que contavam sobre a força que existe em aceitar a imperfeição e a vulnerabilidade. Aprendi que existe uma relação indissociável entre alegria e gratidão, e que coisas que considero comuns, como descanso e lazer, são vitais para nossa saúde tanto quanto alimentação e atividade física. Esses participantes da pesquisa confiavam em si mesmos e falavam de autenticidade , amor e integração de uma forma totalmente nova pra mim.

Ao começar a analisar as histórias, eu procurava temas recorrentes. Percebi que os padrões geralmente caíam em uma de duas colunas; para simplificar, chamei essas colunas de Sim e Não. A coluna Sim estava repleta de palavras como valor, descanso, lazer, confiança, fé, intuição, esperança, autenticidade, amor, integração, alegria, gratidão e criatividade. A coluna Não trazia palavras como perfeição, alienação, certeza, exaustão, autossuficiência, ser descolado, ajuste, crítica e escassez. 

Eu me sentei na cadeira vermelha da minha sala de café e encarei essas duas listas por um longo tempo. Lembro-me que em certo momento estava sentada ali, com lágrimas nos olhos e a mão cobria a boca, como se alguém tivesse acabado de me dar uma má notícia. 

E, na verdade, era uma má notícia. Pensei que descobriria que pessoas que vivem plenamente seriam como eu e fariam as mesmas coisas que eu fazia; trabalho duro, seguindo regras, repetindo algo até acertar, sempre tentando se conhecer melhor, criando os filhos de acordo com as regras...

Após estudar durante uma década tópicos difíceis como vergonha, eu realmente acreditava que merecia a confirmação de que 'estava vivendo corretamente'.

Mas eis a dura lição que aprendi naquele dia (e em todos os dias desde então):"


Qual a relação desse papo com nosso tema "EmagreSer Integral"?
A relação é total, na medida em que, o emagrecimento depende muito mais de nossa capacidade de acolher a vulnerabilidade com ternura e generosidade, do que, simplesmente, seguirmos regras superficiais e desconectadas com o nosso Ser!
Então... o que você pensa e sente, a respeito?
Estarei, em breve, com mais um bate papo...

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Saindo do casulo


Desde abril, quando completei 50 anos, sem me dar conta, me afastei das postagens aqui no blogger.
Não tem um motivo específico, mas de alguma forma, isso deve ter algum significado.
Sendo assim, respirei fundo e busquei nas minhas lembranças, o que estive fazendo nos dois últimos meses.
Penso que foi um tempo para encontrar comigo mesma nessa nova fase cinquentenária...
Muito a se pensar, muito a se sentir...
Tempo de se observar e identificar os saldos dos investimentos de uma vida...
Nesse meio tempo, estive postando no Facebook, como de costume, porém, também de uma forma mais contida, introvertida.
Considerando que o blogger é um espaço bem pessoal e que expressa minha trajetória profissional, compreendo porque aqui eu me calei. Percebo que foi um silêncio de quem entra no casulo para maturar novas experiências.
Saldo positivo! Estive, de fato, maturando...
E desse caldo, o fundamental se localiza no meu estudo sobre novos temas, ou melhor... antigos e conhecidos temas, em novas roupagens... mas sensível e mais profundo.
E é disso que quero falar com você!

Tenho mergulhado há muito tempo nos dilemas do corpo e suas respectivas superações e, nesse percurso tenho lidado com diferentes experiências, pessoais, sociais e profissionais. Tenho aprendido muito e desfrutado de grandes descobertas, dentre elas, a mais importante se encontra na confirmação de que a subjetividade é a única capaz de superar obstáculos. Por mais que existam ferramentas de transformação, estratégias, "receitas" e, até mesmo, "dietas", mudar o corpo é, em última instância, movimento particular de escolhas pessoais. De resto, seguir regras, normas e padrões, de nada valem, pois somos humanos e detemos o poder da escolha. Sendo assim, por mais que tentemos seguir, seguir e seguir, sempre falhamos... "ainda bem!". A falha, neste caso, nos convoca a reconexão com o essencial... Nossa forma particular de se apoderar do cuidado de Si.

Então, para fortalecer esse laço, pretendo compartilhar ensinamentos sobre um tema que me toma nesses últimos tempos... Vulnerabilidade e Perfeição!
Tenho estudado  a abordagem de Brené Brown, uma pesquisadora sobre vulnerabilidade, perfeição, vergonha e outros conceitos. Muito tem me acrescentado... e espero que acrescente a você, também.
Minha intenção é publicar alguns trechos do seu livro "A arte da imperfeição" a fim de levantar questionamentos produtivos.

Um convite para me acompanhar nessa jornada!
No próximo post, estarei publicando o primeiro trecho...
Estarei aguardando por você, num espaço de troca e reflexão!
Até breve!