Ninguém emagrece efetivamente sem reorganizar a vida e preparar-se para este evento. Emagrecer e ficar magro é uma condição que exige competência para lidar com a força imposta pela nova imagem corporal adquirida através do tratamento.
Martins – 1994

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Cansada de ver a mesma coisa, sempre?


Pois é... eu também estou cansada de ver a mesma coisa, sempre...
Todo momento surge uma dica numa revista, na rede social, entre os amigos, na família, sobre uma dieta ou receita de emagrecimento. Parece que não existe outro assunto, parece que vamos nos manter, eternamente, reféns da busca do tal corpo magro. E isso vem de longuíssima data...

Estou lendo lendo o livro "A tirania das dietas" que relata dados de uma pesquisa, que ao longo da História presentifica esse mesmo comportamento distorcido e repressivo a respeito do corpo e da forma.
Ufa! Que canseira! Essa imposição é muito antiga e, pasmem, feita com rigor de tortura em diferentes formas. E o pior... considerada, na maior parte da vezes, uma recomendação natural e apropriada.
Apesar de considerar o Ser humano, elemento rico em bons sentimentos, tenho que confessar minha profunda irritação frente às notícias que o livro traz a respeito dessa grande tirania.

Diria de forma chula: "Que saco!"
Será que não nos livraremos nunca, dessa cobrança tirânica?
Ou será que o Ser humano precisa, desesperadamente, manter um canal  sádico para alimentar sua própria fome de sofrimento alheio?
Qual será o sentido dessa distorção que sobrevive ao longo da História, mantendo a premissa de um corpo exigido em formas definidas e padronizadas? Por que não desenvolvemos, ainda, a capacidade de suportar corpos de diferentes tamanhos? Fico me perguntando onde queremos chegar com essa avalanche de torturas direcionadas ao corpo que deveria ser a moradia subjetiva de cada Ser?

Minha posição, pessoal e profissional, em relação a esse tema, perpassa a defesa da construção pessoal em busca da apropriação do sentido do próprio corpo. Porém, nesse caminho, esbarramos no desafio maior que demanda a integração de uma cultura que transforma o corpo em elemento manipulável... Não há como eliminar suas respectivas influências. Por mais subjetiva que seja a apropriação do corpo, sempre estaremos mergulhados no caldo social. Cabe, portanto, a cada um de nós, a vigilância do quanto esse caldo nos afeta e, trabalharmos no conhecimento de Si para minimizar tal influência.

Sendo assim, não basta fechar os olhos para todas as notícias veiculadas nos diferentes canais de comunicação humana. É preciso calibrar os sentidos para filtrar as devidas informações e usufruir daquilo que, de fato, faz sentido maior!


Seja o dono do seu corpo, mesmo sabendo que seus 
vizinhos humanos continuaram mantendo 
olhos rígidos sobre suas decisões. 

2 comentários:

  1. "Por que não desenvolvemos, ainda, a capacidade de suportar corpos de diferentes tamanhos?". Essa é uma pergunta individual e coletiva. Precisamos avançar muito nesse terreno. Abraço, Vanessa Bernardes

    ResponderExcluir
  2. Pois é, Vanessa! Esse tema requer muita reflexão porque ultrapassa o campo do corpo e invade o campo da distorção da vida...
    Abraços carinhosos

    ResponderExcluir

Seu comentário é muito bem vindo!
Participe ativamente e contribua para uma vida mais leve, mais livre e mais feliz!
Abraços carinhosos